Alguns cuidados a ter com o seu uso
O fenómeno da Internet é, sem dúvida, algo de muito positivo, uma vez que nos abre as portas da informação global, de uma forma que não sonharíamos há alguns anos atrás.
Poder ler a maioria dos jornais do mundo, tocando apenas algumas teclas do computador; ter acesso a um sem número de enciclopédias; ou simplesmente ver os filmes que estão no cinema; é uma parte mínima da quantidade de temas e materiais que se podem conseguir na Internet.
Contudo, quando uma porta como esta se abre, é natural que algumas coisas negativas por ela entrem. E se algumas delas não terão uma importância por aí além, outras requerem muitos cuidados por parte de pais e educadores.
Apesar de tudo, nem sempre é tarefa fácil distinguir entre aquilo que é, ou não, perigoso ou ilegal.
Dos riscos que “saltam à vista”, a pornografia é, desde logo, o mais conhecido, uma vez que o acesso é fácil e os materiais são em grande quantidade. A pornografia infantil é, infelizmente, outro dos problemas da Internet, embora o acesso não seja tão fácil como para a primeira.
Não faltam também os sites de conteúdo racista, xenófobo, ou de puro incentivo à violência. No entanto, por vezes, o perigo pode vir de uma conversa aparentemente inocente tida num programa de conversa à distância, nos chamados chat’s ou sites/programas de conversação.
Por todas estas razões convém que crianças e adolescentes sejam orientados na sua “navegação” e que, na medida do possível, aprendam a lidar com as situações que se lhes deparem.
Perigos mais habituais
Visionamento de material impróprio (exemplo: pornografia);
Incentivo à violência e ao ódio;
Violação da privacidade;
Violação das Leis;
Encontros on-line com pessoas estranhas;
Incentivo à utilização de drogas.
Para pôr termos a estas situações, quase sempre, muito inconvenientes, em primeiro lugar recomenda-se aos pais e aos educadores que comecem por conversar abertamente com os seus filhos, alertando-os sobre o lado negativo da Internet e aconselhando-os a evitar os seus perigos. Orientar é, sem dúvida, melhor que proibir, assim como prevenir é sempre muito melhor do que remediar.
O crime também existe na Internet e é punido por Lei. Assim, é possível apresentar queixa às autoridades, quando tal se justifique. Embora não seja fácil em algumas situações trazer os culpados perante a justiça, cada vez mais vêm a público casos em que os criminosos são efectivamente julgados e condenados, quer seja por pedofilia, tráfico de crianças, ou “simples” crimes informáticos.
Existem alguns meios de controlar a “navegação”, que podem restringir aquilo a que a criança pode ter acesso. Alguma dessa informação encontra-se on-line, quase sempre em inglês, ou seja, a língua que domina a Internet, mas também se pode encontrar alguma informação em português, sobretudo em português do Brasil, que é um outro factor negativo, sobretudo quando queremos utilizar alguma informação e temos que proceder a uma actualização. Para encontrar esses conselhos devem usar-se motores de busca e procurar, por exemplo, “perigos da/na Internet”, ou “a Internet e as crianças”, são os casos de www.sapo.pt, www.aeiou.pt, www.altavista.com, www.excite.com ou www.google.pt.
Regras que os pais devem aconselhar
Nunca digas as tuas passwords a ninguém!
Nunca dês informações sobre ti, de forma a poderes ser identificado (nome, telefone, morada, foto)!
Não abras e-mail’s de quem não conheças, pois pode conter um vírus!
Evita o envolvimento em discussões desagradáveis!
Abandona os chat’s se alguém for grosseiro ou desagradável contigo!
Nunca deves ter encontros com pessoas que conheces na Internet, sem a presença de um adulto, de preferência com os teus pais, porque não conheces essas pessoas!
Comporta-te sempre de forma educada!
Pede ajuda aos teus pais e/ou aos professores/educadores quando tiveres algum problema que não consigas resolver!
Por: Lina Farinha, Lurdes Leal, Marcelo Silva (CLC)