quarta-feira, 19 de maio de 2010

Globalização da Comunicação e Informação

A globalização das comunicações tem a sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, esta rede é possível graças aos acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área das telecomunicações e governos de todo o mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações inigualável na história da humanidade. Se até há era da internet uma pessoa estava limitada em termos de comunicação, agora qualquer um se pode tornar parte activa na comunicação, falada, escrita, iconográfica. Com o acesso às TIC cada um de nós pode receber e divulgar informações em tempo real a partir dos locais mais improváveis para os lugares mais remotos.

O acesso à comunicação em massa accionado pela globalização tem impacto a nível individual, social e até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação democrática, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação a terem acesso a informação proveniente de todo o mundo.



Ana Costa/ António Sousa/ Francisco Antunes

Globalização Económica

A globalização da economia é o processo através do qual se expande o mercado e onde as fronteiras nacionais parecem mesmo desaparecer. Verificou-se o deslocamento do capital industrial através do desenvolvimento das multinacionais.

O processo de globalização, assente nos notáveis avanços das tecnologias de informação e comunicação que o principal suporte do processo de internacionalização e interdependências, da concentração e do domínio do capital financeiro e da desconcentração da actividade produtiva relativamente aos centros decisórios.

A deslocalização de empresas na procura de baixos salários e de trabalho sem direitos, a especulação financeira e a criação de paraísos fiscais são um claro exemplo dos actuais Sistemas Económicos.

Globalização Económica é, actualmente, utilizada com grande frequência e, por isso, podemos associá-la a uma invenção do final do século XX.

Contrariamente ao que possamos pensar, a mundialização é um progresso antigo, que começou provavelmente com o mercado mundial de especiarias na Idade Média, que prosseguiu com o mercado dos metais preciosos no século XVI, na sequência dos descobrimentos, e que continuou com o mercado de tecidos da Índia no século XVIII, sem esquecer o mercado da escravatura que integrou a Europa, África e as Américas.

A Globalização Económica: Noção e Evolução.

A Globalização existiu no passado, existe hoje e existirá no futuro. No entanto, hoje, em relação ao passado, assume formas diferentes. Podemos identificar a mundialização como um processo em constante construção, no qual podemos identificar, hoje, duas linhas de orientação:

· A progressiva intensificação das relações comerciais;

· As novas formas de organização do processo produtivo.

Podemos referir que a globalização compreende o conjunto das trocas entre as diferentes partes do globo, fazendo do espaço mundial o lugar das transacções da humanidade e ainda que é uma realidade contemporânea que ultrapassa os regimes e ideologias, apesar de reflectir o estado das forças, das ideias e dos sistemas técnicos em funcionamento.

O termo Globalização é hoje vulgarmente utilizado e muitos consideram-no o fenómeno único e genuinamente característico da sociedade actual. No entanto, os especialistas consideram-no um fenómeno antigo. Apesar de antiga, a globalização actual assume características diferentes nomeadamente uma maior celeridade do que no passado.


Por: André Maia, António Atalaia, Lina Farinha, Lurdes Leal, Marcelo Silva, Marco Marques

Globalização Cultural -

Vive-se hoje num mundo onde o acesso a qualquer informação é quase instantâneo, a quantidade de informação disponível e a rapidez com que podemos aceder à mesma, nunca foi tão grande. O que acontece em qualquer lado do globo entra imediatamente nas nossas casas e tem influência nas nossas vidas. Vivemos num mundo em constante mudança, política, económica,cultural, cientifica, desportiva e social, o espaço e o tempo adquiriram uma nova dimensão.

O efeito da Globalização associado às grandes mudanças ocorridas no sistema económico internacional a partir da década de 90 resultou do aprofundamento das relações de interdependência entre os diversos actores internacionais, quer estes sejam Estados, organizações internacionais, ou grupos de cidadãos. Embora se considere que o impacto económico tenha sido o mais evidente, os efeitos da globalização estendem-se a todos os sectores da sociedade, incluindo a cultura.

Quando se fala de cultura, pensa-se imediatamente em americanização, que é o efeito dos mass media na sociedade através, dos filmes de Hollywood, das campanhas publicitárias, das multinacionais americanas e das suas marcas: Levis, Coca-Cola, McDonalds, Microsoft, CNN. Até a própria língua – o Inglês, considerada a língua universal. No entanto uma língua mesmo que falada por um número reduzido de pessoas, contém uma parte do património da humanidade, uma identidade que tem de coexistir com outras identidades e ser preservada. É esta convivência cultural que é necessária promover entre povos. É neste sentido que esta «outra globalização» se torna uma nova questão política mundial.

A UNESCO surge num contexto de consciência crescente sobre os problemas da globalização e as suas repercussões na área cultural. Com efeito, este sector viu as suas fronteiras alargarem-se exponencialmente, passando a abranger a gastronomia, o turismo, a literatura, o cinema, a música, entre muitos outros, envolvendo um cada vez maior número de profissionais e especialidades, sendo motor de criação de riqueza e tendo um peso cada vez maior nos PIB nacionais.

Como advertiu Wolton “com a coabitação cultural, estamos face à história”, pois esta “condensa todas as mutações políticas que aconteceram desde os anos 50.
O mundo está aberto á cultura, por via das novas tecnologias de informação que possibilitam o acesso mais fácil e rápido à cultura dos diferentes povos.

Por exemplo um concerto de música na Austrália pode estar a ser visto em directo em Portugal, um livro antes de chegar à editora, já o podemos ler na Internet em qualquer parte do mundo, podemos afirmar que a cultura está em plena globalização, só é pena que ainda existam países que não estejam receptivos a essa globalização. A globalização da cultural é facto, o desafio que o futuro nos coloca é o de sabermos abrir as portas de nossa casa.

“Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que as minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro da minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.” Mahatma Gandhi

Por : Marias Mourão/ Fernando Silva/ Rui Miguel/ Turma A2

quarta-feira, 12 de maio de 2010

As Redes Sociais

As redes sociais são sistemas que funcionam com o primado fundamental da interacção social, ou seja, a procura da ligação entre pessoas e a tentativa de proporcionar comunicação entre elas, partindo do princípio que têm a mesma área de interesse.

De forma a garantir a educação de base para todos, com o objectivo de combater o insucesso escolar apostou-se na criação de redes sociais que não são mais do que redes de comunicação que permitem a partilha de ideias entre pessoas com interesses, objectivos e valores em comum. É uma forma de representação dos relacionamentos afectivos entre as pessoas e grupos com os mesmos interesses.

A análise das redes sociais centraliza-se nas relações existentes entre entidades sociais e permite a possibilidade de serem aplicadas ao ensino presencial, à distância e distribuído. As plataformas de e-Learning facilitam a aplicação de práticas pedagógicas, mas não fomentam a identificação de redes sociais. No processo ensino-aprendizagem, o mais importante é a forma de ensinar e os percursos que o aluno realiza para a construção do seu conhecimento. O professor aparece como um agente de mudança fundamental, uma vez que tem um papel de animador e dinamizador de novas estratégias que irão permitir melhorar e actualizar os processos de aprendizagem.

O estudo de redes sociais abrange teorias, modelos e aplicações que são referidas em termos de conceitos ou processos relacionais. Em redes sociais o principal foco de análise está nas relações que existem entre as entidades, em prejuízo dos atributos particulares.

O ensino à distância é um modelo educativo que facilita a aprendizagem sem limite de tempo ou espaço uma vez que se pressupõe haver uma separação entre professor e aluno e a utilização das tecnologias como ferramenta essencial.

Estas redes mostram os indivíduos enquanto perfis e é possível perceber as suas ligações directas (amigos) e indirectas (amigos dos amigos), bem como as organizações sob a forma de comunidades. Além disso, existem ferramentas de interacção variadas, tais como sistemas de fóruns para comunidades, envio de mensagens para cada perfil, envio de mensagens para comunidades, amigos e amigos de amigos.

Segundo as nossas pesquisas, quantas mais pessoas aderirem a estas redes, ou melhor quantos mais amigos, mais qualificações se recebe na plataforma. Por este motivo existe um interesse muito grande na popularidade, conseguida através de um número de amigos cada vez maior. Contudo, nem todos esses amigos são realmente "amigos", porque é possível acrescentar quem se deseja como amigo sem que exista qualquer tipo de interacção social entre os envolvidos. Basta fazer o pedido e a outra parte aceitar, numa relação puramente aditiva, como acontece no Hi5 ou no Facebook.

Todavia, as redes sociais são utilizadas também por pessoas que lhe pretendem dar um sentido realmente construtivo, académico ou profissional, adequando esta tecnologia às suas necessidades, de forma a criarem uma comunidade com um interesse comum, onde se podem destacar os seguintes pontos:

a) Informação – O acesso à informação acontece de forma mais rápida e fácil. É possível obter informações de qualidade e debates interessantes. Tópicos que contêm debates sobre aspectos diversos da temática comum, bem como dicas de artigos e leituras, são habituais e têm grande participação.

b) Possibilidade de relacionar-se com pessoas com os mesmos interesses – A maioria das pessoas não se preocupa em dar-se a conhecer ou mesmo de estabelecer relações sociais com desconhecidos, pelo menos se a comunidade for de grandes proporções que diminui a possibilidade de laços mais fortes entre os seus associados, mas se a comunidade sentir confiança na rede, pode existir de facto um real relacionamento, mais de objectivos e ideais (profissionais e académicos) do que pessoais entre os utilizadores.

c) Empenho para solucionar os problemas do grupo – Um outro aspecto interessante da comunidade é o empenho dos membros em construir soluções para as dificuldades da comunidade. Esta ajuda mútua aumenta o nível de confiança entre os membros da “instituição” e as redes sociais de forma a ampliar a acção colectiva, além de ampliar a cooperação entre todos.

Este aspecto pode e deve ser, no nosso entender, aproveitado e rentabilizado pelas instituições de ensino, de forma a promover a discussão saudável de temas, não só a nível nacional mas também com instituições estrangeiras. Devido ao facto de as redes sociais serem bastante abrangentes podem ser subdivididas em três vertentes:

1. Rede Social Primária – Composta por pessoas com relações estabelecidas durante a vida quotidiana;

2. Rede Social Secundária – Formada por profissionais de instituições públicas e/ou privadas, de modo a fornecer atenção, orientação e informação;

3. Rede Social Intermediária – Constituída por pessoas de uma área especializada, que têm como missão a prevenção e o apoio.

As redes sociais, hoje em dia, estão divulgadas mundialmente, podendo todas as pessoas ou quase todas elas, já terem entrado numa rede social ou mesmo “passado” por uma.

Existem vários tipos de redes sociais, relacionadas com temáticas/assuntos também bem variados, como a música (Last.FM, Deezer), os vídeos (Youtube, AcoresTube, Belacena), as séries (MyTVShows), os favoritos/bookmarks (Delicious, Magnólia), alguns generalistas (AzoresLink, Hi5, Orkut, Facebook, SecondLife), de Microblogging (Twitter), relativos à profissão (LinkedIn, Xing), ou à fotografia (Flickr, Olhares).

No entanto, as redes sociais não trazem apenas vantagens para a nossa sociedade, mas também alguns inconvenientes. De facto, podem trazer muitos perigos a nossa vida pessoal, porque temos muita informação pessoal que poderá ser visualizada por muitas pessoas, com a nossa autorização ou mesmo sem ela. Hoje em dia cerca de 70% a 80% da população que utiliza as redes sociais utiliza as informações pessoais verdadeiras, demonstrando, assim, a sua vida pessoal em público, o que pode prejudicar a vida de uma pessoa. Se essa mesma pessoa tiver sempre a mesma rotina diária, por exemplo, poderá vir a ter fãs menos desejados, que poderão prejudicar dessa pessoa directamente ou indirectamente.

Apesar destes riscos as principais redes sociais possuem algumas opções que podem ser activadas na sua conta, como o perfil privado (impede que pessoas que não estão na sua rede vejam os seus dados pessoais), o álbum de fotos restrito (poderá escolher quem deseja que visualize as suas fotografias), as notificações por correio electrónico (pode impedir que seja notificado por correio electrónico sempre que alguém enviar um comentário), ou reportar mau comportamento ou denunciar perfil falso (um administrador da rede social irá investigar o caso e o utilizador que criou o perfil poderá ver a sua conta banida de forma permanentemente).

Segundo uma notícia publicada no Diário de Noticias na Internet seja por razões profissionais ou de lazer, a verdade é que a adesão dos portugueses às redes sociais coloca o nosso país no 3.º posto no ranking europeu de utilizadores, segundo a ComScore, enquanto a Marktest contabiliza 2,5 milhões de adeptos em 2008, com o Hi5 no topo das preferências

Por: André Maia, António Atalaia e Marco Marques (CLC)

Aqui está a prova de que as TIC são necessárias, aliás, fundamentais, para o desenvolvimento do nosso trabalho no curso EFA. Sem elas seria quase, se não mesmo, impossível levar a cabo esta nova etapa das nossas vidas. (foto: aula de CLC/06.05.2010)

segunda-feira, 10 de maio de 2010


Valeu a pena a espera. Aqui temos a nossa publicação em formato digital

sábado, 1 de maio de 2010

Museus virtuais


O conceito de museu virtual ainda é algo muito novo na museologia. Esse conceito terá surgido a partir da década de 90 do século XX. Antes disso, o uso da Internet estava restrito ao ambiente académico. Somente com a proliferação da Internet comercial, a partir de 1994, é que os museus começaram a apresentar-se de forma virtual.


A Internet está a revolucionar a forma como as pessoas se comunicam. E isso não se passa de forma diferente na sua relação com a museologia. Os museus, como qualquer instituição, estão presentes na rede mundial de computadores. A criação de sites de museus proliferou a partir da década de 90, como já dissemos, com o avanço da Internet, no entanto, muitos museus ainda nem sequer possuem sites institucionais. Muitos deles até possuem sites cujo único objectivo é apenas disponibilizar informações do contacto da instituição.
Com esses sites pretende-se divulgar a história dos vários sectores culturais e/ou sociais, bem com o económicos, político-diplomáticos, entre outros, mostrando o seu património, sugerir itinerários, recolher informação sobre a museologia em si, ou sobre os temas que o referido museu se propôs cultivar, bem como dar/receber notícias relacionadas com as suas temáticas. Em suma, na Internet, em qualquer museu virtual, podemos observar o mesmo, ainda que não seja em tempo real, nem todo o espólio, que num museu físico.
Assim, a Internet possibilitou transformar matéria palpável (objectos) em código binário. Nesse sentido, os museus passam a trabalhar com referências patrimoniais digitais na Internet, portanto, passíveis de serem trabalhadas de várias formas.
Além disso, a Internet possibilitou aos museus interagir de forma globalizada, alterando a noção de tempo e de espaço, ou seja, o museu na Internet nunca fecha.
Na Internet é possível abrir mão da exposição tridimensional tradicionalmente usada pelos museus, como forma de divulgação do seu espólio e acervo documental, criando novas perspectivas de apresentação do acervo. Acima de tudo, a Internet possibilita visitas virtuais, podendo atrair mais público para a visita ‘real’, pelo que, para além de ser um cartão de visitas do museu, a Internet possibilita o acesso ao património de uma forma mais ampla.
O museu virtual permite a dessacralização da arte, do objecto sensível, mas não se deve, fazer do museu um depósito de arte, temendo que só isso seja o “tesouro” dos museus. Efectivamente, ele tem uma dupla função estética: comunicar e analisar. De facto, o museu é um lugar privilegiado de experiências sensoriais.
Em relação à questão do museu virtual, podemos dizer que ele é um templo da imagem, utilizando o conceito de museu paralelo, isto é, o museu virtual é aquele que existe na virtualidade, quase que como um substituto, um museu sem lugar e sem paredes. No entanto, para ele, não há incompatibilidade entre o museu paralelo e o físico, a que ele dá o nome.
No nosso entendimento, só pode ser considerado museu virtual, aquele que tem as suas acções museológicas, ou parte delas, trabalhadas num espaço virtual. Nesse caso, podemos designá-los por cibermuseus, ou seja, aqueles sites de museus que não se enquadram nessa concepção de museu virtual.
A possibilidade de uma interacção maior com o público é a grande vantagem da criação de museus virtuais, sejam eles representações virtuais de museus já existentes ou criados especialmente para a rede mundial de computadores.


Exemplos de sites de museus virtuais:
Museu Nacional dos Coches – www.museudoscoches.pt
Museu Nacional do Azulejo – http://mnazulejo.imc-ip.pt
Museu do Fado – www.museudofado.egeac.pt



Alunos: Ana costa, Francisco Antunes, António Sousa (CLC)