sábado, 1 de maio de 2010

Museus virtuais


O conceito de museu virtual ainda é algo muito novo na museologia. Esse conceito terá surgido a partir da década de 90 do século XX. Antes disso, o uso da Internet estava restrito ao ambiente académico. Somente com a proliferação da Internet comercial, a partir de 1994, é que os museus começaram a apresentar-se de forma virtual.


A Internet está a revolucionar a forma como as pessoas se comunicam. E isso não se passa de forma diferente na sua relação com a museologia. Os museus, como qualquer instituição, estão presentes na rede mundial de computadores. A criação de sites de museus proliferou a partir da década de 90, como já dissemos, com o avanço da Internet, no entanto, muitos museus ainda nem sequer possuem sites institucionais. Muitos deles até possuem sites cujo único objectivo é apenas disponibilizar informações do contacto da instituição.
Com esses sites pretende-se divulgar a história dos vários sectores culturais e/ou sociais, bem com o económicos, político-diplomáticos, entre outros, mostrando o seu património, sugerir itinerários, recolher informação sobre a museologia em si, ou sobre os temas que o referido museu se propôs cultivar, bem como dar/receber notícias relacionadas com as suas temáticas. Em suma, na Internet, em qualquer museu virtual, podemos observar o mesmo, ainda que não seja em tempo real, nem todo o espólio, que num museu físico.
Assim, a Internet possibilitou transformar matéria palpável (objectos) em código binário. Nesse sentido, os museus passam a trabalhar com referências patrimoniais digitais na Internet, portanto, passíveis de serem trabalhadas de várias formas.
Além disso, a Internet possibilitou aos museus interagir de forma globalizada, alterando a noção de tempo e de espaço, ou seja, o museu na Internet nunca fecha.
Na Internet é possível abrir mão da exposição tridimensional tradicionalmente usada pelos museus, como forma de divulgação do seu espólio e acervo documental, criando novas perspectivas de apresentação do acervo. Acima de tudo, a Internet possibilita visitas virtuais, podendo atrair mais público para a visita ‘real’, pelo que, para além de ser um cartão de visitas do museu, a Internet possibilita o acesso ao património de uma forma mais ampla.
O museu virtual permite a dessacralização da arte, do objecto sensível, mas não se deve, fazer do museu um depósito de arte, temendo que só isso seja o “tesouro” dos museus. Efectivamente, ele tem uma dupla função estética: comunicar e analisar. De facto, o museu é um lugar privilegiado de experiências sensoriais.
Em relação à questão do museu virtual, podemos dizer que ele é um templo da imagem, utilizando o conceito de museu paralelo, isto é, o museu virtual é aquele que existe na virtualidade, quase que como um substituto, um museu sem lugar e sem paredes. No entanto, para ele, não há incompatibilidade entre o museu paralelo e o físico, a que ele dá o nome.
No nosso entendimento, só pode ser considerado museu virtual, aquele que tem as suas acções museológicas, ou parte delas, trabalhadas num espaço virtual. Nesse caso, podemos designá-los por cibermuseus, ou seja, aqueles sites de museus que não se enquadram nessa concepção de museu virtual.
A possibilidade de uma interacção maior com o público é a grande vantagem da criação de museus virtuais, sejam eles representações virtuais de museus já existentes ou criados especialmente para a rede mundial de computadores.


Exemplos de sites de museus virtuais:
Museu Nacional dos Coches – www.museudoscoches.pt
Museu Nacional do Azulejo – http://mnazulejo.imc-ip.pt
Museu do Fado – www.museudofado.egeac.pt



Alunos: Ana costa, Francisco Antunes, António Sousa (CLC)

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